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Ausente






Ausente
(Fábio Sousa)

Eu queria estar mais perto da tua ausência
E ver então essa solidão mais contente
Eu queria estar mais perto da tua ferida
Aquela que não cicatriza, aquela que grita...

E quando o mar te abraçar
Me procure com pressa
O sal pode lhe afogar
E a ferida aberta voltar a sangrar...

Eu queria estar mais perto do teu adeus
Aquele ao lado do telefone
E queria poder correr
Para mais perto do começo...

E quando encarar o vazio
Saiba que nada é tão cheio a ponto de transbordar
O excesso nos condena ao egoísmo
E te quero inteira...
Mas sempre sorrindo...

Eu queria estar mais perto da tua ausência
E ver então a minha vida mais completa
Eu queria estar mais perto do teu abraço
Aquele quente, afável
E o meu coração grita...

Eu queria estar mais perto de você...

Nada pode quebrar o tempo




Nada pode quebrar o tempo
(Fábio Sousa)

Ninguém quebra o tempo
Assim como quebram as vidas
Ninguém volta a viver
Sem antes cair nas sombras.

Nâo pense em deixar escrito
As cartas que nunca mandará
Não se olhe no espelho
Tentando encontrar, o que lá não está.

Quebre os paradigmas da mesmice
Assim como quebram as vidas
Ninguém volta a se encontrar
Sem antes se perder

Longo é o mar que nos abraça
Com sua água fria e salgada
Assim como o rio de lágrimas
Que escorre, e você nem percebe

Mas o tempo vem para nos mostrar
Que a angústia não durará
Pois ninguém pode quebrar o tempo
Mas só você pode viver, por você!

Não busque respostas no vento
Pois ele só passará, leve, suave...
Não tente quebrar a vida
Pois o tempo não pode se quebrar...

Viva...

Mórbido


(haha)


Mórbido
(Fábio Sousa)

Noite, nos veremos
O frio que toca levemente
As folhas mornas
Sua boca fria
A lua encobre seu desejo
A luz ofusca sua realidade
O olhar vazio sem entender
Onde está o sol? Onde está você?

No meio dos segredos
Escondeu-se um Adeus
Breve, lotado, solitário
Esperando o que a noite trás.
Nos olhos que observo
Lembro-me do passado
O riso breve, curto
Porém alegre, e ainda escuto
O silêncio
A voz
Deus.

Naquela manhã você não se olhou
E o frio a tocou levemente
As folhas úmidas
Na tua pele fria.

O sol ainda não nasceu.

Espírito Imortal


(Primas)


Espírito Imortal
(Fábio Sousa)

Espírito imortal
Que passa, mas não assombra
Me trás a breve lembrança
Dos ventos passados
Das noites em claro
Dos Dias interminaveis.

Espírito imortal
Que passa, mas não me toca
Me trás a ausência
Do mais puro significado
Dos dias mortos
Dos sonos não sonhados.

Espírito imortal
Que anda por entre as ruas
Buscando lamento
Buscando sentimento
Da saudade que cravou
Como espinhos na testa de um santo
Mas não sangra
Os olhos vêem
A alma sente
O coração palpita
Lembrando da breve vida
Que deixamos ao acordar todos os dias...


Espírito imortal, Que assombra...

Brasil






Brasil
(Fábio Sousa)


Mesmo com toda diversidade
O mundo para.
Em suas cores com todas as variedades
A inconstância predomina a razão
Os medos
Os sonhos
A verdade
Realidade.

De cedo se perguntou
No meio se calou
Mas ao final prevaleceu!

A dor não é dolorida
Não quanto a minha alma que chora
Uma dor tão prazerosa
De sentir essa única verdade
Ser brasileiro é vencer toda e qualquer dificuldade...

Das pedras que enfrentei
Nenhuma foi tão pesada quanto teu olhar
Que dúvida
Que crítica
Que não acredita

Mas aqui estou, com o peito estufado
Uma alma de vencedor
Meu sorriso
Meu corpo
Minha dor

A diferença é que...
Uns caem e outros rolam até se levantar...
A sútil diferença entre: Ter e conseguir...
É querer algo tão afundo e não desistir...

Como é bom ser brasileiro....



Medo, ódio, amor!


(Batizado, eu sou o pequeno solitário no banco pensando que pode voar, kkkkkkkkkkkkk)


Medo, ódio, amor!
(Fábio Sousa)


Eu olhei pra mim
E não vi ninguém querendo dividir
Um sonho tão bonito
Um sonho de menino

E o tempo foi
E ninguém mais viu
As lembranças se perderam
No mar do Adeus sem fim

Não é querendo ser maior.
Mas somos aquilo que não conseguimos ser...

Medo, ódio, amor...
Cadê os desejos?
Medo, ódio, amor
Cadê os nossos sonhos?

Te trago rosas mortas
Mas você nem reparou
Que o perfume era tão bom
Mas são só rosas, um buque.

E mesmo que o mal se funda em mim
A parte que te ama está aqui
No sonho bobo que ninguém sonhou
O sonho de menino

E não é querendo voltar
Mas estamos ocupados demais pra entender.

Medo, ódio, amor...
Cadê os desejos?
Medo, ódio, amor...
Cadê os nossos sonhos?

Eu olhei pra mim
E o tempo foi
E ninguém viu
Os sonhos...

Outro Dia


(Friaca)


Andei bem sumido, sem tempo para postar, maior saudades desse blog. Então aqui estou eu retornando, kkkk...



Talvez eu tenha me perdido, ou ainda nem me encontrei. Gosto de pensar que estou caminhando, rumo a um lugar do qual nunca ouvir falar, um lugar utópico, só meu. Pois assim sempre terei a curiosidade escondida em mim, para descobrir pontos dos quais eu jamais estive, vi e vivi...


Outro dia
(Fábio Sousa)


Tarde ou não
Chuva ou sol,
Não se faça pela manhã
Se faça através do dia.
Não incorpore a hipocrisia
Não seja nada que você não sonhe.
Não deixe que sonhem por você.

Tarde ou não
Chuva ou sol,
Se olhe bem no espelho
O inimigo está lá.
Não incorpore esses instintos
Não seja essa agonia.
Não deixe que lutem por você.

Tarde ou não
Chuva ou sol,
O mundo gira
E somos vítimas dos dias
Que passam e, ficam, cravados.
Mas não incorpore a ilusão
Não seja a mentira.
E não deixe que mintam por você.

Tarde ou não
Chuva ou sol,
A vida continua...

Breve


(Mesmo que o voo seja breve, que façamos algo de bom)


O mundo está mudando... Sempre esteve, apenas fechamos nossos olhos para isso, na violência, nas drogas, na covardia, fechamos nossos olhos e pensamos "está tudo normal". Mas não está, é triste aceitar que o caos é normal, essas coisas deveriam ser faladas, mudadas, jamais aceitadas.
Cada crime impune, cada criança morta, cada sonho interrompido, hoje parece normal. Normal uma criança entrar por um caminho obscuro, normal um jovem ser morto sem um motivo aparente, normal a injustiça, mas o Mundo para quando uma autoridade vem a falecer, quando um homem visivel vem a sacumbir! Isso pode me tornar menos humano, ou não, mas nessa hora eu vejo apenas uma outra vida, como outra qualquer, seja do pobre mendigo ou do rico em sua mansão, eu vejo apenas uma vida a menos no mundo, é triste lamentavel, mas vejo que somos todos iguais diante do que nos espera.
Como eu já disse aqui antes, eu não abaixo minha cabeça pra autoridade nenhuma, podem até dobrar meus joelhos a força, mas jamais dobraram o orgulho que carrego em mim, jamais dobraram a minha alma. Mas humildemente eu reverenciaria a pobre mãe de familia, o pobre pai que trabalhar pra sustentar uma casa, o pobre jovem que ninguém vê um futuro, mas mesmo assim continua acreditando em si. Quem vocês acham que vão mudar o mundo no final? Aqueles que criam uma ilusão através de promessas, ou aqueles que nunca desistiram? Aqueles que tiram o seu da reta? Ou aqueles que colocam o peito na frente sabendo que ele nao é de aço...
O mundo está mudando e as pessoas acham que no final o mais poderoso será o melhor o mais temido, pq respeito não se tem através do medo.
O mundo vai continuar mudando, mas espero que mude também com pessoas que tenham ideais de um futuro, e nao aquelas que só pensam no papel valioso, se não tudo que irá nos restar é um breve pensamento de que tudo está normal, natural... Mas é Anormal.



Breve
(Fábio Sousa)


O que dominou as ruas
O medo de caminhar
Olhar pro lado sem temer
Já é uma alucinação

E quem roubou os dias?
Aqueles que não vieram
Aqueles que espero
Os dias melhores

E da janela eu vejo o mundo
As coisas que passam por mim
E mesmo que o voo seja breve
Que façamos algo de bom

Que não seja só os sonhos
Que não seja só na minha imaginação
Que não seja da minha janela

E o que dominou os medos?
Até parou os corações
Tanta gente indo e vindo
E aquelas que não voltam mais?

E quem pegou essas vidas?
Aquelas que queriam viver
Aquelas que tinham sonhos
Dias melhores...

E da janela eu vejo o mundo
As coisas que passam por mim
E mesmo que o voo seja breve
Que façamos algo de bom

E salvem-se, salvem-se, salvem-se
Eles voltaram para as ruas
Salvem-se, salvem-se, salvem-se
Mas já não quero correr...


"mesmo que a vida seja breve, que ela seja eterna pelo mundo"